Resumo Executivo
Proporção de periódicos predatórios no QUALIS
Dos 26477 periódicos científicos na base QUALIS da CAPES pelo menos 1.8% são potencialmente predatórios.
Capacidade do QUALIS detectar predatórios
- 77.5 % dos títulos potencialmente predatórios foram corretamente classificados no estrato mais baixo (QUALIS C) por pelo menos uma área de conhecimento.
- No entanto 67 % dos títulos foram classificados nos estratos A e B por pelo menos uma área.
Proporção dos periódicos potencialmente predatórios por sua melhor e pior classificação nos estratos QUALIS:
Probabilidade de detecção de predatórios por área de conhecimento
Esta probabilidade é dada pela proporção dos títulos potencialmente predatórios classificados no estrato QUALIS “C”.
Há muita variação entre áreas, mas na maioria a detecção está abaxo de 50%:
Conclusões
- Baixa proporção de títulos potencialmente predatórios no QUALIS. Indica que o uso destes periódicos não é prática comum nos programas de pós-graduação brasileiros.
- A eficiência para detectar periódicos potencialmente predatórios varia muito entre áreas, mas em geral é baixa.
- Assim, se por um lado periódicos potencialmente predatórios não são hoje um problema sério na pós-graduação brasileira, por outro há uma grande vulnerabilidade do sistema de avaliação da CAPES à invasão por este tipo de publicação.
Recomendações
- Criar uma categoria separada do estrato QUALIS C para periódicos potencialmente predatórios, com critérios mínimos de triagem deste tipo de publicação.
- Solicitar a todas as áreas de conhecimento que adotem e explicitem seus critérios específicos para identificar predatórios;
- Criar procedimento para verificar discrepâncias entre áreas quanto à classificação na categoria de potenciais predatórios.